Pular para o conteúdo principal

Flu vai brigar para encerrar jejum contra o Náutico

Na quarta-feira (14), o Fluminense de Feira encara a segunda equipe pernambucana pela Copa do Brasil: o Náutico. Diferente do Santa Cruz – que nunca havia perdido para o tricolor feirense – o Náutico já saiu de campo derrotado duas vezes. Mesmo assim, o Touro do Sertão tem mais um tabu para quebrar: vem de uma sequência de quatro derrotas para o time pernambucano, iniciada em 1999. No total, os dois times já se enfrentaram dez vezes.
O primeiro encontro entre as duas equipes aconteceu apenas em 1971, pelo extinto Torneio Norte-Nordeste: terminou empatado em zero a zero. Foram necessários 14 anos para novo encontro: no recém-inaugurado Joia da Princesa, em 29 de setembro de 1985, o Timbu venceu o Touro do Sertão por um a zero, em partida amistosa.
Em 1988 o Fluminense de Feira fez uma empolgante campanha pela então Divisão Especial do Brasileiro (a Série B de hoje), alcançando as fases finais. Naquela competição, enfrentou o Náutico em duas oportunidades: na primeira, no Recife, arrancou um empate em zero a zero e, na volta, em Feira de Santana, venceu os pernambucanos por 1x0, em 09 de novembro.
Só voltaram a se encontrar em 11 de fevereiro de 1998 – há exatos 20 anos –, pela Copa do Nordeste: nessa ocasião, deu Náutico por 2x1, lá no Recife. No mês de março, o Fluminense devolveu a derrota: 3x1, naquela que, até agora, é a última vitória do tricolor feirense sobre o Timbu.
No ano seguinte, 1999, pela Série C, começou a sequência de derrotas: 2x1, em jogo realizado no Joia da Princesa. Dois anos depois, em 2001, o Náutico aplicou 3x2, pela Copa do Nordeste.
Em 2002 – quando o Fluminense fez grande campanha pela mesma competição – derrota por 1x0, no Joia da Princesa. Aquela partida teve lances dramáticos: o Touro do Sertão disputava vaga na semifinal e, pela combinação de resultados, podia se garantir até com um empate. Mas sofreu o gol no fim do jogo, para desespero da torcida que lotou o Joia da Princesa e que, depois, foi afogar as mágoas no último dia de Micareta.
O último encontro foi em 2010, pela versão pouco badalada da Copa do Nordeste: Náutico 2 a 0, no Recife. São, portanto, duas vitórias do Touro do Sertão, dois empates e seis triunfos do Timbu.
Contra o Santa Cruz, havia tabu semelhante. Mas o Fluminense impôs um excelente futebol e saiu de campo com uma vitória incontestável. A expectativa é que, na quarta-feira, o bom futebol se repita e o time feirense dispute, de forma inédita, a terceira fase da competição.
Ressalte-se que a vaga vai ser decidida em jogo único: quem vencer se classifica. Em caso de empate, a decisão será nos pênaltis.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Cultura e História no Mercado de Arte Popular

                                Um dos espaços mais relevantes da história da Feira de Santana é o chamado Mercado de Arte Popular , o MAP. Às vésperas de completar 100 anos – foi inaugurado formalmente em 27 de março de 1915 – o entreposto foi se tornando uma necessidade ainda no século XIX, mas só começou a sair do papel de fato em 1906, quando a Câmara Municipal aprovou o empréstimo de 100 contos de réis que deveria custear sua construção.   Atualmente, o MAP passa por mais uma reforma que, conforme previsão da prefeitura, deverá ser concluída nos próximos meses.                 Antes mesmo da proclamação da República, em 1889, já se discutia na Feira de Santana a necessidade de construção de um entreposto comercial que pudesse abrigar a afamada fei...

Patrimônio Cultural de Feira de Santana I

A Sede da Prefeitura Municipal A história do prédio da Prefeitura Municipal de Feira de Santana começou há 129 anos, em 1880. Naquela oportunidade, a Câmara Municipal adquiriu o imóvel para sediar o Executivo, que não dispunha de instalações adequadas. Hoje talvez cause estranheza a iniciativa partir do Legislativo, mas é que naqueles anos os vereadores acumulavam o papel reservado aos atuais prefeitos. Em 1906 o município crescia e o prédio de então já não atendia às necessidades do Executivo. Foi, então, adquirido um outro imóvel utilizado como anexo da prefeitura. Passaram-se 14 anos e veio a iniciativa de se construir um prédio único e que abrigasse com comodidade a administração municipal. Após a autorização da construção da nova sede em 1920, o intendente Bernardino Bahia lançou a pedra fundamental em 1921. O engenheiro Acciolly Ferreira da Silva assumiu a responsabilidade técnica. No início do século XX Feira de Santana experimentou uma robusta expansão urbana. Além do prédio da...

O futuro das feiras-livres

Os rumos das atividades comerciais são ditados pelos hábitos dos consumidores. A constatação, que é óbvia, se aplica até mesmo aos gêneros de primeira necessidade, como os alimentos. As mudanças no comportamento dos indivíduos favorecem o surgimento de novas atividades comerciais, assim como põem em xeque antigas estratégias de comercialização. A maioria dessas mudanças, porém, ocorre de forma lenta, diluindo a percepção sobre a profundidade e a extensão. Atualmente, por exemplo, vivemos a prolongada transição que tirou as feiras-livres do centro das atividades comerciais. A origem das feiras-livres como estratégia de comercialização surgiu na Idade Média, quando as cidades começavam a florescer. Algumas das maiores cidades européias modernas são frutos das feiras que se organizavam com o propósito de permitir que produtores de distintas localidades comercializassem seus produtos. As distâncias, as dificuldades de locomoção e a intermitência das safras exigiam uma solução que as feiras...