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Mostrando postagens de janeiro, 2011

Feirense, João Henrique mergulha Salvador no caos

Toda a Bahia vem acompanhando com atenção o noticiário sobre os graves problemas políticos e administrativos que afligem Salvador, governada pelo feirense João Henrique Carneiro (PMDB). De liderança emergente na disputa pela reeleição em 2008 – quando uma aliança heterogênea reuniu na mesma base de apoio os ex-governadores Paulo Souto (DEM) João Durval Carneiro (PDT) e César Borges (PR), além do ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) – o prefeito neste início de 2011 mergulhou num inferno astral que o conduziu a um limbo político que deve arrastar-se até o final do seu mandato em 2012. Graves problemas na prestação de contas de 2009 – quando a prefeitura gastou muito mais do que arrecadou – levaram o prefeito a mexer no secretariado, a elevar impostos municipais para compensar o rombo nos cofres públicos e a articular uma atabalhoada operação na Câmara Municipal para rejeitar o parecer do Tribunal de Contas que recomenda, de forma unânime, a rejeição das contas da prefeitura. Caso o

Feira e a ponte Salvador-Itaparica

                          Durante a campanha eleitoral causou furor a declaração do governador reeleito Jaques Wagner (PT) de que no segundo mandato daria início a construção da ponte entre Salvador e a Ilha de Itaparica. Depois das eleições o chefe do Executivo manteve a proposta e, ao que parece, a obra deve sair do papel, embora o início da construção ainda leve tempo, em função da própria magnitude do empreendimento e de todas as etapas burocráticas que devem ser cumpridas. Assim, o que para alguns inicialmente parecia devaneio ou promessa de campanha vai aos poucos se firmando.             Mais cedo ou mais tarde a idéia surgiria e tomaria forma. Majoritariamente cercada pelo mar, Salvador não tem mais para onde crescer e apresenta uma das mais altas taxas de concentração populacional do Brasil. As alternativas pelo Litoral Norte estão praticamente esgotadas e a ilha está logo ali, ao alcance da vista com todos os seus contornos.             No entanto, o boom imobiliário viv

A Feira nos trilhos do desenvolvimento

                        A Feira de Santana esteve entre os municípios brasileiros mais beneficiados com as mudanças no modal de transportes na primeira metade do século XX. Mais ou menos por volta de 1930 as mudanças começaram a acontecer: as ferrovias deixaram de ser o principal meio de transporte no país e as rodovias viveram uma vertiginosa multiplicação, impulsionadas pela nascente indústria automobilística que implicava em investimentos mais baixos em infra-estrutura (ferrovias são mais caras que rodovias), mais agilidade e maior capilaridade pelos imensos espaços do Brasil. A expansão das rodovias reconfigurou a malha viária da Bahia, incorporando novos centros urbanos (como a Feira de Santana e Vitória da Conquista, por exemplo) e acabou prejudicando municípios que até então eram núcleos econômicos pujantes e que, coadjuvantes do sistema rodoviário, perderam importância relativa. O novo mapa viário da Bahia, obviamente, se refletiu em uma nova configuração econômica: a Feir

Dados do Censo 2010 exigem reflexão

                         Recentemente saíram os números finais da contagem da população realizada pelo IBGE em 2010. Os dados sobre a Feira de Santana, anteriormente já debatidos neste espaço, mostram que a cidade passou de 480,9 mil habitantes em 2000 para 556,7 mil em 2010, razoavelmente distante das 600 mil pessoas que se estimava e muito distante do emblemático milhão de habitantes que alguns visionários previam há décadas e que, pelo visto, não vai se concretizar. A frustração das projeções provocou reações diversas que transitam da simples decepção à formulação de risíveis teorias conspiratórias.             Quem gosta de números grandiosos, no entanto, não ficará tão decepcionado se observar os números referentes às demais cidades baianas. Salvador, por exemplo. A capital, em 10 anos, ganhou “apenas” 233 mil pessoas que se espremem nos espaços apertados de uma metrópole que não tem mais para onde crescer.             As maiores cidades baianas não cresceram tanto e Il