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Mostrando postagens de fevereiro, 2012

Violência banalizada pode conduzir ao rearmamento

                           Um dos desdobramentos da escalada de violência que a Bahia vive desde a última semana  com o motim da Polícia Militar deve ser o rearmamento da população. No mínimo, as consagradas cenas de pessoas entregando suas armas em postos de recebimento devem sofrer um refluxo considerável. Afinal, a matança indiscriminada de mendigos, as armas apontadas contra mulheres obrigadas a descer de ônibus em avenidas movimentadas de Salvador, os saques e os arrastões e os tiros deflagrados contra agências bancárias são típicas de países mergulhados no caos que antecede os golpes de Estado.             Nada mais natural, portanto, que o cidadão indefeso e acuado em casa resolva preservar o revólver que mantinha guardado no guarda-roupas e desista de contribuir para a campanha do desarmamento; outros, mais afoitos, não hesitarão em adquirir uma arma porque a barbárie dos últimos dias deixará seqüelas difíceis de serem esquecidas.             Em 2005, naquela consulta

Violência na agenda eleitoral de 2012

               Há cerca de um ano escrevemos um artigo nesta mesma Tribuna Feirense apontando que o número de homicídios na Feira de Santana estava se expandindo a taxas decrescentes e que, em algum momento, seria alcançada uma estabilidade nos números. Nesse mesmo texto indicávamos que, a partir de então, poderia haver declínio, mas a um preço que não permitiria comemorações: afinal, o número de pessoas assassinadas a cada ano no município alcançou a absurda taxa de um assassinato por dia, em média. Isso numa cidade com cerca de 550 mil habitantes.             Os números divulgados pela Secretaria da Segurança Pública referentes à violência na Bahia em 2011, em parte, confirmam esses prognósticos. No ano que se encerrou houve relativa estabilidade na quantidade de assassinatos em relação a 2010, mas o importante é visualizar a série histórica: nessa, em cerca de uma década o número de vítimas praticamente triplicou.             Grande parte da violência se deve à proliferação