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Mostrando postagens de janeiro, 2016

Temas candentes para as eleições de 2016

Neste 2016 acontecem eleições para prefeito em todo o Brasil e, também, na Feira de Santana. Pelo que noticia a imprensa feirense, muitos nomes estão colocados – ou pré-colocados – no tabuleiro local. Alguns, mais afoitos, trombeteiam críticas ao atual prefeito, José Ronaldo de Carvalho (DEM), que inclusive pode alcançar um inédito quarto mandato, caso confirme o desejo de permanecer no posto até 2020. Outros, mais discretos, apegam-se a temas específicos em suas críticas, surfando no tema do momento no noticiário. Normalmente, quase todos os pré-candidatos recuam depois que as conversas se intensificam. Para consumo externo, alegam a construção de consensos, o fortalecimento do grupo político ao qual se vinculam e outras desculpas do gênero. Normalmente, não é nada disso: lançam-se na expectativa de um negociação mais vantajosa lá adiante, traduzida na forma de cargos ou de apoio para candidaturas ao Legislativo. Não é à toa que as últimas eleições municipais vem assumindo um c

Apesar do engasgo econômico, é Natal

                                  Balanço mesmo das vendas de Natal só se vai ter dentro de mais alguns dias, às vésperas do alvorecer de 2016. Mas, desde já, imagina-se que não existam grandes motivos para comemoração. Afinal, a feroz crise econômica que eclodiu logo na sequência das eleições presidenciais de 2014 vem deixando sequelas – desemprego, retração nos negócios, queda no rendimento real, redução nos investimentos – desde aquela época. E, o que é pior, deve seguir por 2016 com o mesmo vigor. Nada mais natural, portanto, que o consumidor se acautele, priorizando o pagamento das dívidas e investindo apenas em presentes módicos, pois não se sabe o que virá pela frente.                 Conforme já mencionamos, Papai Noel e a decoração natalina demoraram para dar as caras em 2015. Nos anos anteriores, de frenética orgia consumista, a neve de algodão, as luzes dos pisca-piscas, o sorriso do bom velhinho e as canções de época que embalavam compradores pejados de sacolas já se n

Os sertões e as vidas secas: até quando?

                                                  Embora as chuvas tenham caído em razoável quantidade na Feira de Santana no primeiro semestre do ano, contribuindo para encorpar a reserva que socorre o sertanejo nos períodos de estio, os longos meses que se sucederam, de implacável calor e escassas precipitações, vem contribuindo para que essas reservas se esgotem rapidamente. Com isso – e em época de El Niño, como informa a imprensa com reiterada frequência – o fantasma do esgotamento hídrico assombra os moradores da zona rural feirense, que já lidam com perdas significativas na lavoura.                 Seca é fenômeno renitente no semiárido, repetindo-se com implacável regularidade. Isso desde tempos imemoriais. O fenômeno, a propósito, foi documentado pelo colonizador português ainda no século XVI, quando as visitas à Colônia tornaram-se mais regulares e as tentativas de se estabelecer no território recém-descoberto se intensificaram.                 Durante séculos o sert