Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de outubro, 2019

Desemprego permanece assombrando Feira

Nos oito primeiros meses de 2019 a Feira de Santana continuou perdendo postos formais de trabalho. Isso quando se considera o saldo entre contratações e dispensas. No intervalo entre janeiro e agosto houve 23.221 admissões e 23.573 demissões. No saldo, esfumaçaram-se mais 352 postos. Os dados são oficiais, do Ministério da Economia. Não dá, portanto, para contestarem a veracidade das informações, conforme virou moda nos últimos meses. A construção civil segue reduzindo seu estoque de mão-de-obra. No período, foram dispensados, no saldo, 134 serventes, o popular ajudante de pedreiro. Os pedreiros propriamente ditos foram um pouco menos afetados: perderam, também no saldo, 121 postos. Foi monumental a redução de pessoal no setor desde 2015, mas, mesmo assim, as demissões continuam. Houve, porém, profissões que foram ainda mais afetadas em 2019. É o caso do operador de telemarketing. No período, o saldo entre admissões e demissões resultou em 302 empregos a menos. Note-se que o ramo

O fulgurante Shopping da Cidade em Teresina

Em Teresina existe um imponente Shopping da Cidade. É um centro de comércio popular no qual se mercadeja, sobretudo, produtos importados da China. Dispõe de três pisos, praças, dezenas de corredores e quase dois mil boxes que abrigam uma variedade ampla de produtos. Fica muito bem localizado, na Praça da Bandeira, que abriga um terminal de ônibus e uma estação de trem. Basta atravessar a avenida Maranhão para se alcançar a orla do rio Parnaíba, encoberto por uma vegetação densa. Caso pretenda visitar o entreposto, o turista desatento não vai enfrentar dificuldade: qualquer cidadão indica – com a amabilidade habitual do piauiense – a localização. Sob as árvores altas e esguias da Praça da Bandeira o visitante pressente a lufa-lufa habitual de centros comerciais do gênero. Do lado do Shopping da Cidade fica a estação do VLT, inaugurada recentemente, que conecta o centro à periferia da capital. Quem está acostumado a frequentar centros de comércio popular – sobretudo em capitais como

A fábrica de medalhas do Legislativo feirense

Que a Câmara Municipal se especializou na distribuição de comendas e medalhas não é novidade. Boa parte da população, inclusive, sabe da prática. Antigamente a concessão era mais avara, havia algum critério, resquícios de pudor. Hoje se desavergonhou: pelo plenário desfilam ilustres desconhecidos saudados com discursos chochos, enfatiotados em paletós pouco habituais, gaguejando as virtudes da Feira de Santana. Exaltar as virtudes é manobra esperta: a maioria se resumiu a cuidar da própria vida e, contribuição efetiva à cidade, deram nenhuma. Mas é necessário fingir, manter o mistério, justificar a honraria. Muita gente se diverte pelos bastidores com essa fábrica de homenagens. Debocham, farejam intenções ocultas no agrado. Aqui ou ali, jocosamente, há quem se refira a um vereador ou outro como “Zé das Medalhas”. “Zé das Medalhas” foi uma personagem de uma novela de muito sucesso na década de 1980. Tomaram o apelido emprestado, porque traduz com rara felicidade o sentido da pilhéri

R$ 3 milhões a menos na economia feirense todo mês

Depois da ascensão do novo regime, qualquer crítica se tornou coisa de esquerdista, comunista, socialista, entusiasta do ex-credo de Moscou. Temos aí, de plantão, abnegados patriotas que tentam nos impulsionar para os píncaros do desenvolvimento, embora tudo o que se veja, à volta, seja o fundo do poço e suas ásperas paredes. Não é controvérsia de desocupado de mídia social, não: números oficiais colocam o País em situação delicada. Talvez seja necessário suprimir as estatísticas para que o Brasil fique melhor, mas, por enquanto, vamos a alguns números. Em países civilizados as políticas de proteção social são acionadas nos momentos de crise, quando a renda cai e o desemprego se eleva. Nessa Pátria altaneira, porém, tudo ocorre ao contrário: com a crise econômica avassaladora, benefícios sociais começaram a ser cortados – sobretudo o Bolsa Família – sob a égide de três exímios gerentes: Dilma Rousseff (PT), Michel Temer (MDB) e, agora, Jair Bolsonaro (PSL), o “mito”. A Feira de Sa