O Natal é o período em que mais costuma florescer a esperança. Nele vicejam anseios, sonhos, desejos, expectativas de dias melhores que se projetam para o ano seguinte. É o momento também em que muitos se dedicam a refletir, pensar na própria vida e planejar os próximos passos, aproveitando a pausa na rotina atribulada.
Nestes tormentosos tempos de pandemia, mais do que um
exercício mecânico, uma tarefa que se impõe sazonalmente, pensar sobre a vida e
renovar esperanças implicam na busca de equilíbrio, na fé em dias melhores.
Mesmo com os percalços e as dificuldades, 2021 termina
com mais otimismo. Apesar das centenas de milhares de mortes, a vacinação
avançou no Brasil e os óbitos caíram significativamente no segundo semestre, o
que renovou esperanças. Resta, agora, manter as cautelas necessárias - porque o
horror ainda não findou - e ir, aos poucos, resgatando a normalidade perdida.
Vá lá que o cenário econômico não é auspicioso:
desemprego, subemprego, estagnação econômica, renda em declínio, inflação ascendente,
supressão de direitos e populismo fiscal dominam o noticiário. Não é à toa que
prevalece, em relação à economia, um sólido pessimismo.
Mas, em outubro de 2022, o brasileiro terá um
providencial encontro com as urnas e, nele, poderá selar um pacto por um futuro
melhor. Esse futuro implicará não apenas em melhoria no cenário econômico, mas
também na reafirmação do compromisso com a democracia e com valores elementares
da civilização, que se perderam nos últimos anos.
Então, apesar de todas as dificuldades, é bom cultivar
um otimismo moderado e se preparar para ajudar na construção de um amanhã mais
auspicioso - na verdade, na própria reconstrução do Brasil - e torcer para que,
no Natal de 2022, o brasileiro - e o feirense - pensem que, apesar de todos os
horrores, as densas sombras deste período estão se dissipando...
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