Vi
com entusiasmo imagens de uma longa fila de jovens na Uefs para tomar a vacina
contra a Covid-19. Ao contrário do que muitos supunham, os mais jovens também
estão comparecendo às unidades de saúde e aos postos de vacinação para se
imunizar. As cenas sinalizam que, talvez nos próximos meses, a doença esteja
sob controle de fato e os números declinem de vez. Torcendo-se, claro, para que
não surjam novas variantes que comprometam a eficácia dos imunizantes.
Consultando
informações da Prefeitura, constatei que, até ontem (24), 360,8 mil pessoas
tinham tomado a primeira dose na Feira de Santana. Destas, 155 mil completaram
o ciclo vacinal com as duas doses e oito mil tomaram vacina de dose única.
Falta muito ainda para que 70% da população esteja imunizada, com as duas doses
no braço. Mas não há dúvida de que, nos últimos meses, o processo se acelerou.
É
óbvio que segue morrendo muita gente com a Covid-19. O Brasil aproxima-se dos
600 mil mortos pela doença, o que representa uma tragédia inominável. Sobretudo
porque – estimam alguns cientistas – centenas de milhares de mortes teriam sido
evitadas se não fosse o negacionismo dos mentecaptos aboletados no Planalto
Central e a demora na aquisição dos imunizantes.
Aqui
na Feira de Santana o estrago também foi significativo. Dados da Central de
Informações de Registro Civil – CRC Nacional indicam que 1.059 morreram com a
Covid-19 desde o começo da pandemia. Depois de uma alta prolongada, finalmente
a média diária de mortes caiu para apenas um caso, desde o começo de agosto. As
informações, conforme se menciona sempre aqui, podem ser consultadas no
endereço eletrônico https://transparencia.registrocivil.org.br/especial-covid.
Mesmo
assim – alertam os epidemiologistas – é um erro acreditar que tudo acabou, que
pode se voltar à rotina sem medo de novos repiques. Israel e Estados Unidos –
que vacinaram, percentualmente, muito mais gente que o Brasil com a segunda
dose – enfrentam elevação no número de casos, que afetam sobretudo os idosos,
mais suscetíveis.
O
fato é que é bom manter os cuidados por mais algum tempo. Ninguém aguenta mais
as restrições, o isolamento social, mas precipitar a normalidade – como
defendem alguns insensatos – vai apenas espichar o tormento, a um custo
elevadíssimo, com mais mortes que poderiam ser evitadas.
Passada
a tormenta do isolamento e das mortes, virá o provavelmente doloroso
pós-pandemia, com o País à deriva, juntando seus cacos. Mas isso ainda demora
algum tempo. Por enquanto, é necessário reforçar a necessidade que todos se
vacinem para que o pesadelo não se prolongue por muito mais tempo...
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