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Pandemia já matou mais de mil na Feira

 

O ritmo de mortes confirmadas ou sob suspeita por Covid-19 caiu na Feira de Santana em julho, embora ainda faltem alguns dias para o final do mês. Até hoje (23), de acordo com a Central de Informações de Registro Civil – CRC Nacional, foram contabilizados 52 óbitos suspeitos ou confirmados. É o menor número desde fevereiro, quando ocorreram 44 registros. Todas as informações podem ser encontradas no endereço eletrônico https://transparencia.registrocivil.org.br/especial-covid. Basta acessar e personalizar a própria pesquisa.

O mês mais funesto da pandemia foi junho, com impressionantes 117 registros. Na sequência vem março (111), maio (106) e abril (96). Note-se que o CRC Nacional contabiliza o óbito na data em que, efetivamente, ocorreu. Somando tudo há, até esta sexta-feira, 1.027 óbitos confirmados ou sob suspeita de Covid-19. O levantamento conduzido pelo portal de notícias da Rede Globo, o G1, indica número muito próximo: 1.015 registros. Ou seja: de cada 600 feirenses, um morreu de Covid-19 desde o ano passado.

É bom ressaltar que, desde março, a situação piorou muito na Feira de Santana: foram exatas 482 mortes até hoje (23). A elevação coincidiu com a chamada segunda onda da doença e com a reabertura de diversas atividades que, até então, vinham funcionando com restrições. Com mais gente circulando, o vírus, obviamente, circulou mais.

Como se sabe, a demora na aquisição de vacinas – responsabilidade do Governo Federal – vem retardando o avanço da imunização. Dados do Vacinômetro da Prefeitura de Feira de Santana sinalizam para 246,1 mil pessoas vacinadas com a primeira dose e outras 100,5 mil com as duas doses ou com dose única. Os números referem-se a ontem (22).

Pode parecer muito, mas corresponde a pouco mais de 16% do total da população com o ciclo vacinal completo. Especialistas apontam que só com mais de 70% das pessoas vacinadas é que a pandemia estará sob controle. Há, portanto, um longo caminho a percorrer ainda. Tudo indica que só em 2022 alcançaremos este patamar.

O problema é que, por aí, se percebe a crença de que a pandemia já acabou. Muita gente circula sem máscara e desdenha de cuidados elementares, como manter o distanciamento mínimo. Complicando tudo, há a chegada da variante Delta – a que surgiu na Índia – alimentando os temores de uma nova onda no Brasil.

Mas, enquanto isso, no Planalto Central, a única preocupação é com o voto impresso, com a reeleição de Jair Bolsonaro, o “mito”. Só assim para se manter as “boquinhas” verdes-oliva. Triste Brasil, mergulhado num pesadelo que não tem fim...

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