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Mostrando postagens de novembro, 2018

Oposição não vai se restringir aos partidos políticos

Nos próximos meses a oposição à extrema-direita – que chegou ao poder no Brasil – deve se recompor e começar a se articular. Contrariando a lógica pretérita – na qual os partidos políticos eram, praticamente, os únicos catalisadores da insatisfação com os donos do poder – o País deve viver experiências inéditas a partir daqui. Muitos ainda não perceberam, mas aquele intervalo batizado de Nova República – e que se estendeu de 1985 a 2016 – findou. Uma nova dinâmica deve reger a política desde já. Isso significa que a importância relativa dos partidos políticos, por exemplo, deve diminuir. Desde 2013, com aquelas monumentais manifestações, ficou evidente que os canais convencionais da democracia representativa – como os parlamentos – estão desgastados e precisam sintonizar-se às ruas, arejar-se, refletir o que pensa o cidadão comum. Isso não foi feito até aqui. E deu no que deu: um candidato de extrema-direita – Jair Bolsonaro (PSL) – com um calculado discurso iconoclasta chegou ao

Vizinho Uruguai é referência democrática na América do Sul

É sempre prazeroso caminhar pelas ruas de Montevidéu, a capital do vizinho Uruguai. A cidade se irradia a partir da ciudad vieja – o centro antigo, que abriga o porto e imóveis imponentes, históricos – se estendendo ao longo do Rio do Prata, caudaloso, interminavelmente largo, com suas águas ora barrentas, ora plúmbeas. O prazer é mais intenso a partir da primavera, quando o inverno rigoroso é sucedido por um período de frio suportável e sol radioso. Andar, então, pelas calles pontuadas por plátanos, implica em satisfação adicional. Geograficamente, o Uruguai se espreme entre dois gigantes: a Argentina e, sobretudo, o Brasil. Foi, inclusive, palco de intensas disputas entre os portugueses e os espanhóis, que acabaram prevalecendo, isso séculos atrás, no período colonial. Essa disputa contribuiu – e a histórica cidade de Colônia atesta, com sua arquitetura híbrida, inspirada nas tradições das duas outrora poderosas nações ibéricas – para forjar o aguerrido espírito da população do

A vitória de Tanatos

- Não tem um homem com autoridade para governar esse País, rapaz. Só tem ladrão. O inconformado trajava uma surrada bermuda escurecida pela graxa e uma camiseta verde, dessas de bloco de Micareta. Gesticulava, agitado, esticando o braço direito, muito queimado de sol. Defendia alguns trocados fazendo bico como borracheiro ou ajudante de mecânico. A pregação era numa daquelas biroscas ali nas imediações do Cemitério Piedade. Ambiente vulgar: marmanjos de bermudas e chinelos de dedo, esvaziando minigarrafas de cerveja em copos americanos ou encarando cachaça com ervas aromáticas em copos plásticos. Ouviam-no distraídos, mas havia quem concordasse. Noutra ocasião, num daqueles restaurantes minúsculos em um dos becos do centro da cidade um lavador de carros despejava, generoso, a farinha grossa sobre o prato-feito que ele se preparava para devorar. Um sorriso indiferente despontava sob o bigode farto enquanto o interlocutor – comerciário numa loja minúscula de acessórios de som – do

Começam especulações sobre as eleições 2020

Antes mesmo da realização do segundo turno das eleições presidenciais já começaram as especulações para as eleições municipais de 2020. Falta muito tempo ainda: são pelo menos dois anos e dois meses de gestão; ou seja, mais da metade de um mandato. Até lá, muita coisa deve acontecer neste Brasil cada vez mais imprevisível. E esses acontecimentos, sem dúvida, vão influenciar nas realidades locais. É precipitado, portanto, o esforço para ir desenhando cenários, mapeando potenciais pré-candidatos, visualizando tendências que estão longe de se confirmar. Indagado, o ex-prefeito José Ronaldo de Carvalho (DEM) – principal liderança política local – preferiu desconversar. A prudência é cabível: afinal, faltam dois anos até as eleições. Supreendentemente, apesar do longo intervalo, o petê já começou a se movimentar. Foi o que se percebeu com o inesperado anúncio de que lideranças políticas locais – incluindo o deputado estadual Carlos Geilson (PSDB), que não se reelegeu – estão migrando p

Lá vem chegando o Verão

Lentamente o verão vem se aproximando. O indício mais visível é o aumento médio da temperatura. Desde meados de julho que o sol se impõe, radioso, em manhãs e tardes que foram, aos poucos, se tornando incandescentes. Houve dias abrasadores – via-se pouca gente circulando pelas ruas – e, logo a seguir, vieram chuvas tímidas que, pelo menos, atenuaram o calor. Mas as temperaturas elevadas estão retornando e devem se estender, no mínimo, até o mês de março. Quem é de olhar o céu, porém, vê a proximidade do verão sob outra perspectiva. Começa pelo alvorecer, que vai se antecipando, encurtando a madrugada, despertando os pássaros que cantam em álacre sintonia. É quando a luz do sol atinge as copas das árvores com uma luz alaranjada, irreal, ainda cálida. Depois – durante quase todo o dia – o azul assume uma tez esbranquiçada, que reflete a luminosidade estonteante. Só lá pelo meio da tarde em diante – depois das 15 horas – é que o espetáculo se aproxima do clímax, com o astro dourado d

Eleições e “Fake News”

“Por que você não quer acreditar nessa notícia?”. A indagação foi feita a um profissional de imprensa feirense numa dessas redes sociais que se acessa pelo celular. A notícia – se é que se pode chamar assim – era uma evidente mentira sobre um poderoso político da capital. Mas, nesses tempos em que se propala muita fé, bastava um pouco de crença para que aquilo fosse visto como fato em potencial. Justamente nisso aí o profissional da imprensa foi cobrado: “Por que você não quer acreditar nessa notícia?”. Um pouquinho de credulidade converteria aquilo em verdade. Daí a sair compartilhando, bastava um leve impulso. A “notícia” era mentira, mas, mesmo assim, os comentários ácidos se multiplicaram – aquele habitual e covarde linchamento virtual – com a ferocidade costumeira. Mas, renitente, essa indagação – “Por que você não quer acreditar nessa notícia?” – ficou pulsando na memória. É que ela definiu – de forma involuntária, diga-se de passagem – com felicidade rara esses tempos d

Recessão segue esquecida nas eleições presidenciais

“Vende-se”. “Fulano Vende”. “Aluga-se”. “Aluga”. Placas com essas sentenças curtas estão espalhadas por toda a Feira de Santana. Mas não somente por aqui: quem dispõe da oportunidade de fazer uma longa viagem rodoviária – sobretudo atravessando mais de um estado e, sobretudo, distintas regiões do País – consegue perceber que anúncios do gênero constituem regra. A amplitude é democrática: vai dos pequenos lugarejos esquecidos pelo sertão até as badaladas metrópoles do Sudeste do Brasil. Nos grandes centros urbanos, a propósito, o apelo é mais aflito: começa nas regiões industriais à margem das rodovias e vai se insinuando pelos adensamentos periféricos, alcançando até mesmo aqueles bairros badalados que figuravam nos encartes imobiliários das publicações. Indústrias desativadas, sedes extintas de grandes empresas, galpões que acomodavam fartos estoques que giravam vertiginosamente: tudo vai assumindo ares melancólicos com o abandono, a pintura que se apaga, as instalações que aco

Que futuro aguarda o Brasil a partir de 2019?

Jair Bolsonaro (PSL) é, indiscutivelmente, favorito no segundo turno das eleições presidenciais. Afinal, impôs uma larga vantagem no primeiro turno e só não liquidou a fatura porque os nordestinos votaram maciçamente em Fernando Haddad (PT), assegurando-lhe um sobrefôlego eleitoral. Não é à toa que o candidato – sem nenhum pudor – já fala sobre composição de ministério e da ocupação de postos-chave na administração federal. A cautela costuma ser norma nessas circunstâncias, mas o candidato está tão convicto do seu sucesso que faz suas tratativas sem os cuidados de praxe. Se essa fosse sua única excentricidade, seria ótimo. Há muitas outras, pra lá de alarmantes. Uma delas é a relação com o vice na chapa, o general reformado Hamilton Mourão. Loquaz, o militar defende ideias descabidas – como uma nova Constituição elaborada por “notáveis” – e não se intimida nem quando é contestado. Afinal, sua patente é muito mais alta que a do capitão reformado titular da chapa. Sintoma de conflitos

O feirense desalentado procurando emprego

O cidadão aguardava o ônibus num daqueles pontos da Avenida Maria Quitéria e, às vezes, espichava o olhar para o asfalto que tremulava em ondas de calor. Foi numa tarde incandescente dessa primavera que começou abrasadora. Na cabeça um boné surrado, encardido. A camisa social de manga curta e a antiga calça jeans também denotavam uso constante. O rosto – de profundos sulcos rugosos – se contraía no esforço de atenuar a luminosidade incômoda. Às vezes lançava um olhar esperançoso, ansioso pelo ônibus que teimava em não aparecer. - ...Haja paciência... As mãos calosas empunhavam um envelope de papel pardo: provavelmente havia, ali dentro, documentos.  Reclamei do calor e ele concordou com veemência. Seguia viagem para um daqueles residenciais do Minha Casa Minha Vida, mas o ônibus demorava. Reclamou das idas e vindas para tentar um emprego, levando e trazendo papel, ouvindo negativas, amargando a espera por telefonemas que nunca se concretizavam. Era gente do campo que, na Feira d

A interminável noite eleitoral

Votei logo cedo no Assis Chateaubriand, no bairro Sobradinho. Apesar do horário, já havia filas extensas se formando. Contrariando a lógica, parece que a incorporação de mais tecnologia ao processo eleitoral tornou as coisas mais lentas. Precisei de três tentativas para que a máquina fizesse a leitura biométrica correta: caso bastasse aquela singela assinatura do passado, teria sido mais rápido. É visível, também, que o feirense médio tem pouco traquejo com a tecnologia, porque a demora na digitação dos números dos candidatos era grande. Assim, as filas foram se formando, avançando lentamente, contorcendo-se quando faltava espaço para aquela organização em linha reta. Mas isso nem sequer configura novidade quando ocorrem, a cada quatro anos, as eleições gerais que selecionam gente para ocupar diversos cargos, de presidente da República a deputado estadual. Muitos eleitores permaneciam cabisbaixos, espichando o olhar, a mente divagando, distante. Imaginei, a princípio, que talvez e

Redes sociais amplificaram o ódio nessas eleições

Dizem que essa vem sendo as eleições em que as redes sociais assumiram protagonismo definitivo em relação a veículos tradicionais, como o rádio e a televisão. Tudo indica que sim. Resolvi acompanhar atentamente alguns grupos criados em aplicativos de celular – à direita e à esquerda – para tentar entender parte da dinâmica que move esse turbulento período eleitoral no Brasil. Apesar da festiva celebração da novidade, há muita coisa deplorável que não dá para ser ignorada. Uma delas é proliferação de mentiras, ataques, insultos – as afamadas fake news – que em nada contribuem para o debate político e que, pelo contrário, ajudam a insuflar esse ódio que aflorou e está aí, à vista de todos, há alguns anos já. Dado o afã no compartilhamento desse conteúdo – e nos comentários – percebe-se que é o que mais faz sucesso. Além da disseminação de mentiras, há a disposição beligerante. Menos comum em aplicativos de celular – cujos grupos costumam reunir exclusivamente os acólitos de determi

Protagonistas se engalfinham, mas falta proposta

É visível que, nos últimos dias, cresceu a adesão à candidatura de Jair Bolsonaro (PSL). Isso pode ser verificado inclusive aqui, na Feira de Santana. Nessa fria campanha eleitoral – a propaganda pelas ruas, de uma forma geral, foi muito morna – percebe-se que cresceu a quantidade de adesivos nos carros que circulam pela cidade. Há quem use camiseta e surgiram, até mesmo, comitês espontâneos de apoiadores. Mas o candidato turbinou sua campanha foi pelas redes sociais, particularmente pelos aplicativos de celular, de enorme apelo popular. Fala-se, inclusive, na possibilidade do capitão reformado sacramentar a vitória logo no primeiro turno, diante da inesperada arrancada dos últimos dias. A hipótese é considerada remota – faz exatos 20 anos que o Brasil não elege um presidente no primeiro turno – mas começou a preocupar lideranças petistas. É o que noticia a imprensa, nesses dias que antecedem o primeiro round eleitoral. Refém da imagem de Lula (PT) – encarcerado em Curitiba desde

O sintomático silêncio dos eleitores brasileiros

As eleições de 2018 vão representar uma inflexão radical no Brasil. Não necessariamente na dimensão ideológica, embora seja indiscutível que as urnas podem consagrar projetos heterodoxos que tangenciam, até mesmo, a democracia e suas instituições. Mas a guinada extrema a que me refiro situa-se na dimensão comportamental, do eleitor. Seguramente desde o restabelecimento da democracia nunca se viu clima tão acirrado, tanta reserva até para manifestar uma opinião banal sobre política, mesmo entre pessoas próximas, até da mesma família. Tudo por conta do ódio que foi se avolumando desde as eleições de 2014. Esse ódio foi impulsionado pelas festejadas redes sociais, que, se por um lado tornam mais cômoda a vida moderna, com todas as suas facilidades, por outro funcionaram como incubadora e disseminadora desses sentimentos negativos que fraturaram a sociedade brasileira. Manifestações absurdas de preconceito, de intolerância e de discriminação trafegam livremente pela Internet, encontra

Mulheres definirão rumos das eleições 2018

A manifestação de centenas de milhares de mulheres Brasil afora, no sábado (29), contra o candidato Jair Bolsonaro (PSL), foi o maior ato político das turbulentas eleições presidenciais de 2018. Dois aspectos – entre muitos – chamam mais a atenção. Um deles é que o ato foi contra e não a favor, inequívoco sintoma de que, nessas eleições, as pessoas se guiam mais contra aquilo que repudiam que, propriamente, a favor de algum dos nomes disponíveis no cardápio eleitoral, que não são dos mais empolgantes. O outro aspecto é que a mobilização para o ato foi espontânea – e alavancada pelas redes sociais – sem a mediação de partidos, centrais sindicais, sindicatos ou outras entidades que estão mais do que desgastadas nesses últimos tempos e que, atualmente, se limitam a mobilizar meia-dúzia de gatos pingados. E olhe lá. Certamente foi por isso que houve adesão mais consistente, sem as resistências que os partidos hoje despertam. A imprensa tradicional dedicou pouco espaço ao ato. Mas, pel

Apesar do bombardeio, Bolsonaro marcha para o segundo turno

Somente agora começou, de fato, o esforço de desconstrução da candidatura de Jair Bolsonaro (PSL-RJ), que até aqui lidera a sucessão presidencial. Os últimos dias têm sido prenhes de manchetes apelativas que, não raramente, bordejam a baixaria: declarações polêmicas, ameaças e até o suposto roubo de um cofre integram o arsenal que alveja o candidato da extrema-direita abaixo da linha da cintura. Só que faltam menos de dez dias até as eleições e virar o jogo, a essas alturas, não é tão fácil. Não são só os adversários e a imprensa que despejam sua artilharia sobre o candidato. O próprio vice – o afamado general Hamilton Mourão – não para de torpedear a candidatura com declarações bombásticas. A última foi questionar o 13º salário e a antecipação de férias pagos aos trabalhadores. O militar aposentado fez mais: prometeu uma reforma trabalhista “séria”, como se o desmanche promovido por Michel Temer (MDB-SP), o mandatário de Tietê, fosse pouca coisa. Para pesar dos adversários, o gen

Com crise ou não, carro do ovo veio para ficar

Muita gente comprou carro no Brasil durante o soluço de prosperidade que se estendeu do final da década passada até meados de 2014. Vários fatores contribuíram para o fenômeno: a redução ou isenção de impostos, os parcelamentos em até 72 meses, o aumento transitório na renda, o péssimo transporte público e a fantasia do automóvel como símbolo de status e de ascensão social. Até integrantes da badalada classe C, recém-incorporados ao circuito do consumo, se habilitaram, apostando que aquela prosperidade seria duradoura. O fenômeno, todavia, foi efêmero e desembestou na crise que se arrasta até os dias atuais. Esse engasgo econômico produziu milhões de desempregados, comprimiu renda, enxugou lucros e desestimulou investimentos. Milhares deixaram de pagar prestações de carros e imóveis por causa do desemprego e perderam seus bens. Outros apelaram para o uso produtivo desses ativos – às vezes criativo – para contornar o prejuízo. Foi o caso, por exemplo, de quem perdeu o emprego, mas

O meio ambiente como desafio para a Feira de Santana

Feira de Santana tem palmeiras – plantaram-se muitas palmeiras imperiais nas últimas décadas e, aos poucos, elas vão crescendo, espichando-se, ganhando aquela graça solene que caracteriza as árvores adultas – e ainda têm sabiás. Pois bem: dia desses, numa distraída tarde de setembro, flagrei um sabiá numa palmeira na rua Campina Grande, transversal da avenida Maria Quitéria. Vá lá que a tarde não era de um azul impecável: havia nuvens que maculavam o entardecer que se avizinhava; algumas dessas nuvens, a propósito, exibiam aquele tom encardido das nuvens chuvosas. Vá lá, também, que a permanência do sabiá na palmeira foi efêmera: em trânsito, ele pousou brevemente, com a suavidade habitual. Emitiu um trinado curto – parecia um apelo aflito – que encontrou o eco de uma resposta mais adiante. Por um instante ele examinou as cercanias com os olhos pretos, muito vivos. E, pouco depois, se lançou no ar acinzentado da tarde do inverno que findava, deixando atrás de si a frustração de quem

Eleição não dissipará sombras sobre a democracia

Faltam menos de quinze dias para as eleições presidenciais. Pelo que se percebe,  o cenário já está mais claro, com as prováveis presenças de Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) no segundo turno. É a tendência que as últimas pesquisas sinalizam, embora seja desejável manter a prudência. Afinal, essas são as eleições mais imprevisíveis desde a redemocratização do País, em 1985. Embora improváveis, reviravoltas não podem ser descartadas, sobretudo num momento de paixões afloradas, em que o ódio e o fanatismo impulsionam muitos posicionamentos. Pelo que se percebe, o discurso da temperança, da sensatez – associado às candidaturas do chamado “centro” – naufragou: Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede), Henrique Meirelles (PMDB) e Álvaro Dias (Podemos) empolgam pouco o eleitor, conforme também sinalizam as pesquisas. Desse pelotão, só quem ainda alimenta esperanças é Ciro Gomes (PDT), que mesmo assim perdeu terreno na última semana. Clareza em relação ao segundo turno não