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Mostrando postagens de novembro, 2009

Necessidades da Feira que se torna metrópole

Nos últimos 30 anos Feira de Santana viveu poucos momentos tão favoráveis para a sua economia como agora. No início da década de 1980 a cidade colhia os frutos das políticas de desconcentração industrial, sendo o único município do interior baiano a, efetivamente, consolidar um parque industrial que gerou empregos e diversificou a economia local. A crise da dívida externa, as dificuldades acarretadas pela inflação crescente e o fim do prazo dos incentivos fiscais, mais tarde, já na década de 1990, fizeram com que a economia feirense estagnasse. No início do atual século o governo estadual mergulhou na “guerra fiscal” e alguns investimentos industriais foram retomados na Feira de Santana. O efeito dessa política, contudo, foi limitado pelo baixo crescimento econômico do país e pela restrita capacidade de geração de empregos em segmentos industriais intensivos em capital. Nos últimos anos, porém, o Brasil sinaliza para um período de crescimento econômico sustentado, mesmo com a cris

O Centro de Abastecimento necessário

Depois de muito tempo funcionando no improviso, estão em construção no Centro de Abastecimento (CAF) boxes para abrigar o comércio de cereais onde funcionavam barracas improvisadas, na esquina entre as ruas Manoel Matias e Juvêncio Erudilho. Há muitos anos havia ali uma área ociosa, que frequentemente se tornava um vistoso matagal. Com o crescimento natural do comércio naquele entreposto, os espaços foram sendo ocupados para a comercialização. É evidente que a infraestrutura do Centro de Abastecimento, sempre muito precária, necessita de melhorias para comerciantes e clientes. O problema começa quando as intervenções se tornam pontuais, sem vinculação com o todo que funciona no entorno. Assim surgem os famosos “puxadinhos”, como o que está sendo construído. Para piorar, descendo a ladeira alguns metros, depara-se com o Restaurante Popular que, inexplicavelmente, segue fechado. Abandonado, o equipamento já teve uma das paredes danificadas – o que já exige reparos – e a tela de uma

O Candomblé na Feira de Santana

Em Salvador, 53 terreiros de candomblé estão sendo revitalizados pelo governo estadual. As obras, que não vão absorver muitos recursos, têm um caráter mais simbólico que propriamente material, embora muitos terreiros tradicionais estejam em situação física muito precária, exigindo reparos. Responsável pela perpetuação da cultura de matriz africana, o candomblé foi implacavelmente perseguido durante séculos – e ainda é – e revitalizar os terreiros é uma iniciativa de reparação importante. No carnaval, no dia-a-dia de quem visita a capital baiana, o candomblé, com seus ritos e orixás, está sempre presente. Certamente a crença de origem africana, trazida nos porões dos navios negreiros, é o traço cultural mais marcante da Baía de Todos os Santos e do seu entorno. Boa parte dos negros que atravessaram involuntariamente o Atlântico para lançar as bases de cultura e da religião africanas nas Américas vieram para a Bahia e Salvador se tornou uma cidade negra, assim como outras do Caribe