Pouca gente apostava
no Fluminense de Feira na rodada de domingo (17) do Campeonato Baiano.
Precocemente eliminada, a equipe ia apenas cumprir tabela contra um Vitória a
um passo da classificação para as semifinais da competição. O jogo foi no estádio
Barradão. Surpreendentemente, o time feirense foi melhor, conseguiu impor um 2
a 0 e, de quebra, eliminou a equipe rubro-negra e ajudou a aprofundar a crise
administrativa na qual mergulhou o Leão da Barra.
A vitória tem
importância maior porque não é lá muito comum o Fluminense conseguir vencer o
adversário no Barradão. O último triunfo tinha sido há quase dez anos: em 25 de
março de 2009, o time feirense venceu por 2 a 1, também pelo Campeonato Baiano.
De lá para cá, acumulou derrotas e empates eventuais. Mas, pelas
circunstâncias, o triunfo do domingo teve sabor especial.
Faz tempo que o
Fluminense não vence o Vitória por dois gols de diferença em Salvador. A última
vez aconteceu no longínquo 22 de janeiro de 1983, pela Taça de Prata – o nome
da Série B do Brasileiro, à época –, quando o Touro do Sertão também aplicou um
2 a 0, na Fonte Nova.
O triunfo do tricolor
e a eliminação do Vitória até ofuscaram a repercussão do empate do Bahia de
Feira com a Juazeirense (2 a 2), em Juazeiro, que garantiu o primeiro lugar do Tremendão
na fase de classificação, com 16 pontos. Na ponta desde a largada da
competição, o time feirense confirmou, com o primeiro lugar, a condição de
favorito.
Nas semifinais, o
Tremendão vai encarar o Vitória da Conquista, quarto colocado, que assegurou a
classificação depois de uma arrancada vigorosa. O time do Sudoeste começou mal,
mas depois emplacou uma sequência de vitórias que pavimentou sua classificação.
Só que, pelo retrospecto até aqui, a equipe feirense pode ser considerada
favorita.
A outra semifinal
terá o Bahia – que aplicou um surpreendente 5 a 0 no Jequié, jogando fora de
casa – e o Atlético de Alagoinhas. Noutros tempos, o Tricolor de Aço
despontaria como favorito em qualquer bolsa de apostas. Não tem sido assim em
2019: na quarta-feira, por exemplo, a equipe conseguiu a proeza de perder para
o Sergipe, em plena Fonte Nova, pela Copa do Nordeste.
Pode-se afirmar que o
Bahia de Feira é o principal favorito ao título baiano? Pelo retrospecto até
aqui, tudo indica que sim. Embora, às vezes, o futebol surpreenda, Vitória da
Conquista e Atlético de Alagoinhas não parecem adversários à altura do
Tremendão. Não que a disputa vá ser fácil, muito pelo contrário.
Mas, e o Bahia?
O Bahia apresenta um
futebol errático, pouco agradável de se ver. Tudo bem que, numa final, pesam a
camisa, a torcida, as tradições. Mas o Bahia de Feira surpreendeu o Vitória em
2011 num contexto mais complicado. Não será surpresa caso vença a competição
pela segunda vez nesta década, inclusive contra o próprio Bahia.
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