Pular para o conteúdo principal

Touro do Sertão avança na Copa do Brasil após 27 anos

Demorou 27 anos, mas o Fluminense de Feira avançou de fase na Copa do Brasil, depois de vencer o Santa Cruz no Joia da Princesa por dois a zero, na quarta-feira (31). De quebra, a equipe feirense quebrou um tabu contra os pernambucanos: venceu o tricolor do Arruda pela primeira vez, após dez confrontos. O próximo adversário também vem do Recife: o Náutico, que na primeira fase apenas empatou fora de casa contra o Cordino (MA), carimbando a vaga.
Em quase 30 edições, o Touro do Sertão disputou a Copa do Brasil apenas duas vezes. Na primeira, em 1991, chegou às oitavas de final, depois de eliminar o Goiânia-GO na primeira fase. O time chegou à competição com a credencial de ter sido vice-campeão baiano no ano anterior, quando enfrentou o Vitória numa controversa final, na qual falou energia elétrica na Fonte Nova e o jogo foi interrompido.
O primeiro jogo foi lá, em 21 de fevereiro de 1991: 1 a 1 no estádio Pedro Ludovico, na capital goiana. Os donos da casa abriram o placar: Guga anotou no início da segunda etapa. Quando parecia que o tricolor feirense ia amargar a derrota em sua estreia na competição, o atacante Ronaldo empatou a apenas sete minutos do fim do jogo.
A partida de volta foi no Joia da Princesa, uma semana depois, numa noite de quinta-feira, 28 de fevereiro. Os 1.642 torcedores presentes testemunharam o gol de Edmílson aos 23 minutos do primeiro tempo, selando a classificação do time feirense para a fase seguinte com vitória por 1 a 0.
Naquelas duas partidas, antigos ídolos tricolores entraram em campo para defender o Touro do Sertão: o goleiro Jorge, o lateral-direito Itamar, o volante Zelito – que jogou improvisado na zaga no primeiro jogo e na lateral direita no segundo –, além dos atacantes Baiano e Edmílson.
Quarta-feira o Fluminense voltou a avançar da primeira fase com uma excelente exibição contra o Santa Cruz. Contra o Náutico, fica a expectativa de um confronto parelho. Pelo futebol que apresentou na primeira partida, o Fluminense mostrou que tem condições de seguir avançando na competição.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O Parlamento não digere a democracia virtual

A tentativa do Congresso Nacional de cercear a liberdade de opinião através da Internet é ao mesmo tempo preocupante e alvissareira. Preocupante por motivos óbvios: trata-se de mais uma ingerência – ou tentativa – da classe política de cercear a liberdade de opinião que a Constituição de 1988 prevê e que, até recentemente, era exercida apenas pelos poucos “privilegiados” que tinham acesso aos meios de comunicação convencionais, como jornais impressos, emissoras de rádio e televisão. Por outro lado, é alvissareira por dois motivos: primeiro porque o acesso e o uso da Internet como meio de comunicação no Brasil vem se difundindo, alcançando dezenas de milhões de brasileiros que integram o universo de “incluídos digitais”. Segundo, porque a expansão já causa imensa preocupação na Câmara e no Senado, onde se tenta forjar amarras inúteis no longo prazo. Semana passada a ingerência e a incompreensão do que representa o fenômeno da Internet eram visíveis através das imagens da TV Senado:

Cultura e História no Mercado de Arte Popular

                                Um dos espaços mais relevantes da história da Feira de Santana é o chamado Mercado de Arte Popular , o MAP. Às vésperas de completar 100 anos – foi inaugurado formalmente em 27 de março de 1915 – o entreposto foi se tornando uma necessidade ainda no século XIX, mas só começou a sair do papel de fato em 1906, quando a Câmara Municipal aprovou o empréstimo de 100 contos de réis que deveria custear sua construção.   Atualmente, o MAP passa por mais uma reforma que, conforme previsão da prefeitura, deverá ser concluída nos próximos meses.                 Antes mesmo da proclamação da República, em 1889, já se discutia na Feira de Santana a necessidade de construção de um entreposto comercial que pudesse abrigar a afamada feira-livre que mobilizava comerciantes e consumidores da região. Isso na época em que não existia a figura do chefe do Executivo, quando as questões administrativas eram resolvidas e encaminhadas pela Câmara Municipal.           

Patrimônio Cultural de Feira de Santana I

A Sede da Prefeitura Municipal A história do prédio da Prefeitura Municipal de Feira de Santana começou há 129 anos, em 1880. Naquela oportunidade, a Câmara Municipal adquiriu o imóvel para sediar o Executivo, que não dispunha de instalações adequadas. Hoje talvez cause estranheza a iniciativa partir do Legislativo, mas é que naqueles anos os vereadores acumulavam o papel reservado aos atuais prefeitos. Em 1906 o município crescia e o prédio de então já não atendia às necessidades do Executivo. Foi, então, adquirido um outro imóvel utilizado como anexo da prefeitura. Passaram-se 14 anos e veio a iniciativa de se construir um prédio único e que abrigasse com comodidade a administração municipal. Após a autorização da construção da nova sede em 1920, o intendente Bernardino Bahia lançou a pedra fundamental em 1921. O engenheiro Acciolly Ferreira da Silva assumiu a responsabilidade técnica. No início do século XX Feira de Santana experimentou uma robusta expansão urbana. Além do prédio da