Pular para o conteúdo principal

Flu de Feira precisa de vitória inédita contra Santa Cruz

Amanhã (31) o Fluminense de Feira entra em campo contra o Santa Cruz do Recife pela Copa do Brasil precisando quebrar um tabu para seguir adiante na competição: vencer pela primeira vez o clube pernambucano. No histórico de confrontos entre as duas equipes, o Santa Cruz levou a melhor em cinco oportunidades e houve quatro empates. Os dois times já se enfrentaram em partidas amistosas e por duas competições regionais: o Campeonato do Nordeste e o remoto Torneio Norte-Nordeste, realizado em meados dos anos 1960.
O primeiro confronto foi há quase 63 anos: em amistoso no Recife, em 22 de março de 1955, os dois times empataram em um a um; no ano seguinte, na Bahia, novo amistoso e o Santa Cruz levou a melhor: venceu por dois a zero, com gols de Rubinho e Wassil, no dia 07 de julho.
Foram necessários 12 anos para as duas equipes voltarem a se enfrentar, desta vez em dois jogos oficiais, pelo Torneio Norte-Nordeste. No primeiro, em Recife, 1 a 1 em 24 de outubro de 1968. Exatamente um mês depois o jogo foi em Feira de Santana e o Fluminense amargou uma goleada por 6 a 0: Cuíca marcou três vezes – fez também o gol pernambucano no primeiro confronto – e Uriel (2) e Inaldo completaram o placar.
Dez anos depois, em 1978, Nunes – aquele centroavante que fez História no Flamengo nos anos seguintes – anotou para o Santa Cruz no amistoso realizado no Joia da Princesa, na vitória magra por 1 a 0.
Em 27 de agosto de 1989, um domingo luminoso, mais um amistoso no estádio feirense: 0 a 0, em partida festiva, que marcou a transferência do zagueiro Tanta para o time pernambucano, depois de uma elogiada passagem pelo tricolor feirense. Foi o último confronto das duas equipes no Joia da Princesa.
Os três jogos seguintes foram pelo Campeonato – depois rebatizado de Copa – do Nordeste, no Recife. Em 25 de março de 2001 o Santa Cruz venceu por 2x1. Exatamente um ano depois – na edição em que tricolor feirense fez uma grande campanha – o tabu se repetiu: derrota por um a zero. O último jogo da série foi em 2010, numa versão pouco badalada da competição: nela, o time feirense arrancou empate em 2 a 2, no Recife.
Empate amanhã beneficia o Santa Cruz. Ao Fluminense de Feira, portanto, resta a opção de vitória inédita para seguir para a segunda fase da Copa do Brasil.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O Parlamento não digere a democracia virtual

A tentativa do Congresso Nacional de cercear a liberdade de opinião através da Internet é ao mesmo tempo preocupante e alvissareira. Preocupante por motivos óbvios: trata-se de mais uma ingerência – ou tentativa – da classe política de cercear a liberdade de opinião que a Constituição de 1988 prevê e que, até recentemente, era exercida apenas pelos poucos “privilegiados” que tinham acesso aos meios de comunicação convencionais, como jornais impressos, emissoras de rádio e televisão. Por outro lado, é alvissareira por dois motivos: primeiro porque o acesso e o uso da Internet como meio de comunicação no Brasil vem se difundindo, alcançando dezenas de milhões de brasileiros que integram o universo de “incluídos digitais”. Segundo, porque a expansão já causa imensa preocupação na Câmara e no Senado, onde se tenta forjar amarras inúteis no longo prazo. Semana passada a ingerência e a incompreensão do que representa o fenômeno da Internet eram visíveis através das imagens da TV Senado:

Cultura e História no Mercado de Arte Popular

                                Um dos espaços mais relevantes da história da Feira de Santana é o chamado Mercado de Arte Popular , o MAP. Às vésperas de completar 100 anos – foi inaugurado formalmente em 27 de março de 1915 – o entreposto foi se tornando uma necessidade ainda no século XIX, mas só começou a sair do papel de fato em 1906, quando a Câmara Municipal aprovou o empréstimo de 100 contos de réis que deveria custear sua construção.   Atualmente, o MAP passa por mais uma reforma que, conforme previsão da prefeitura, deverá ser concluída nos próximos meses.                 Antes mesmo da proclamação da República, em 1889, já se discutia na Feira de Santana a necessidade de construção de um entreposto comercial que pudesse abrigar a afamada feira-livre que mobilizava comerciantes e consumidores da região. Isso na época em que não existia a figura do chefe do Executivo, quando as questões administrativas eram resolvidas e encaminhadas pela Câmara Municipal.           

Patrimônio Cultural de Feira de Santana I

A Sede da Prefeitura Municipal A história do prédio da Prefeitura Municipal de Feira de Santana começou há 129 anos, em 1880. Naquela oportunidade, a Câmara Municipal adquiriu o imóvel para sediar o Executivo, que não dispunha de instalações adequadas. Hoje talvez cause estranheza a iniciativa partir do Legislativo, mas é que naqueles anos os vereadores acumulavam o papel reservado aos atuais prefeitos. Em 1906 o município crescia e o prédio de então já não atendia às necessidades do Executivo. Foi, então, adquirido um outro imóvel utilizado como anexo da prefeitura. Passaram-se 14 anos e veio a iniciativa de se construir um prédio único e que abrigasse com comodidade a administração municipal. Após a autorização da construção da nova sede em 1920, o intendente Bernardino Bahia lançou a pedra fundamental em 1921. O engenheiro Acciolly Ferreira da Silva assumiu a responsabilidade técnica. No início do século XX Feira de Santana experimentou uma robusta expansão urbana. Além do prédio da