A
marcha macabra da Covid-19 na Feira de Santana ganhou novo impulso ao longo da
semana. Os números que atestam a constatação são da própria Secretaria
Municipal da Saúde - SMS, mas também do Centro de Informações de Registro Civil
– CRC Nacional, que podem ser consultados no endereço eletrônico https://transparencia.registrocivil.org.br/especial-covid.
Em Salvador e Região Metropolitana, intensas medidas restritivas no mês de
março frearam o avanço do novo coronavírus. Por aqui, optou-se por um caminho
diverso.
Hoje
(25), mais sete mortes foram confirmadas na Feira de Santana. O total de óbitos
saltou para 524. E o número de infectados no momento – aqueles que estão com o
vírus ativo – alcançou 3.284, talvez a maior marca desde o começo da pandemia.
O total de novos casos no dia também impressiona: 258. Todos os números são da própria
Secretaria Municipal da Saúde.
A
marcha que o CRC Nacional acompanha considera os casos confirmados de óbito,
mas também os suspeitos. Com base nestes critérios, são 632 mortes confirmadas
ou sob suspeita até aqui. O movimento da média móvel é inquietante: voltou a
três, depois de ter alcançado de novo o pico de quatro há dois dias. Há uma
semana eram duas. Os critérios são diferentes, mas ambos sinalizam para a mesma
direção: o aumento no número de mortes.
Há
exatamente uma semana a Feira de Santana alcançou as 500 mortes confirmadas,
segundo a Secretaria Municipal de Saúde. Naquela mesma data, o CRC Nacional indicava
599 casos confirmados ou sob suspeita. No intervalo de uma semana
confirmaram-se mais 24 mortes, segundo a SMS; segundo o CRC Nacional, 33
incorporaram-se ao rol de casos confirmados ou sob suspeita. Não dá para dizer
que não há uma escalada de óbitos.
Semana
que vem a Região Metropolitana de Salvador vai adotar medidas ainda mais
restritivas. O objetivo é manter as pessoas em casa, reduzir aglomerações e
frear o avanço da Covid-19 nessa segunda onda. A previsão é que uma reabertura
gradual comece apenas em 5 de abril. A concertação envolveu, além dos
prefeitos, o governador Rui Costa (PT). Aqui na Feira de Santana nada sinaliza
nessa direção.
Sem
coordenação nacional – o País está acéfalo, sem comando – governadores e
prefeitos estão improvisando medidas semelhantes. Em São Paulo e no Rio de
Janeiro, serão dez dias. Não há vacina, a medicação para intubação está
acabando, não há comando – nem competência – no âmbito federal e Jair
Bolsonaro, o “mito”, começa a ter a própria sanidade mental questionada por
lideranças políticas. Pior cenário, impossível.
Tudo
indica que virá, à frente, muito choro e muita dor enquanto essa turma macabra
permanecer no Planalto Central...
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