Começa na
quinta-feira (20) o aguardado recesso junino. Em 2019 serão cinco dias de folga
para muita gente, já que o feriado de Corpus Christi vai se emendar à
celebração do São João. Para dinamizar o consumo, o governo do Estado anunciou
que vai antecipar o pagamento de 40% do salário dos servidores estaduais. E
prefeituras – a da Feira de Santana inclusive – vão antecipar os salários. Sem
dúvida, a medida vai contribuir para aquecer as vendas, sobretudo em segmentos
como calçados, confecções, bebidas e alimentos.
Tradicionalmente
Salvador se esvazia durante o período. Com o recesso longo, a diáspora tende a
ser ainda mais intensa. A disposição para o consumo e o dinheiro antecipado no
bolso tendem a favorecer a economia dos municípios do interior, sobretudo
aqueles que costumam organizar grandes festas. É o caso de diversas cidades do
Recôncavo aqui vizinho.
O movimento
já é mais intenso nos terminais rodoviários de Salvador e Feira de Santana
desde o final de semana. Afinal, muitas escolas já estão em recesso junino e
não falta quem priorize as férias no frio e chuvoso mês de junho. Daí o
deslocamento antecipado, porque a partir de amanhã (18) o movimento tende a ser
muito maior na BR 324.
A economia
feirense, obviamente, é muito favorecida no São João. A onda de consumo costuma
se irradiar por amplos setores: desde a comercialização nas feiras-livres de
produtos como o milho, o amendoim, a laranja, o licor e os preparos para os
bolos, passando pelo frenético comércio de roupas e calçados e alcançando os
bibelôs domésticos e os robustos segmentos de alimentos e bebidas.
As chuvas
recentes na região também vão elevar o ânimo. Pelo campo muito milho já vem
sendo colhido, mesmo com a irregularidade nas precipitações. Vai servir para o
bolo, a pamonha, a canjica e os demais pratos que apetecem o paladar à beira
das fogueiras. É um elemento a mais para dinamizar a economia, beneficiando,
sobretudo, a população residente na zona rural.
A trégua,
obviamente, é transitória: o noticiário econômico, semana a semana, mostra que
o País permanece distante de ingressar num novo ciclo de crescimento. As
expectativas – sempre elas – não são animadoras. E as projeções de crescimento
do Produto Interno Bruto – o PIB refletem esse ceticismo.
Já se
enxerga com clareza que um governo coalhado pelo ódio, contaminado por uma
ideologia obscurantista e incapaz de adotar medidas econômicas elementares, não
vai recolocar o País nos trilhos, para se recorrer a uma metáfora surrada.
Mas, apesar de tudo, os festejos juninos se
aproximam e é melhor aproveitá-los.
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