Março
foi o mês mais letal da pandemia da Covid-19 na Feira de Santana. Dados de
boletins da Secretaria Municipal de Saúde indicam que, em 01 de março, o total
de mortes confirmadas pela doença na Feira de Santana alcançou 466 registros.
Um mês depois, em 01 de abril, o número saltou para 554. Um incremento de 18%
ou, em termos concretos, 88 mortes formalizadas no intervalo de um mês.
Foi
grande o salto em número de casos ativos da Covid-19 no mesmo intervalo. No
primeiro dia de março eram 739 casos. Na mesma data do mês seguinte,
impressionantes 4.252 pessoas tinham a doença. O salto percentual foi
vertiginoso: escalada de 575%. As informações também são oficiais, da mesma
Secretaria Municipal de Saúde.
A
Central de Informações de Registro Civil – CRC Nacional também faz o
acompanhamento dos casos. Mas com uma diferença metodológica: considera os
casos confirmados e também os suspeitos. Em relação a março, verificou-se a
mesma tendência: 110 mortes suspeitas ou confirmadas no intervalo de um mês.
Eram 545 em 01 de março e foram a 655 no primeiro dia de abril.
Quem
quiser checar, é só visitar o endereço eletrônico https://transparencia.registrocivil.org.br/especial-covid
e fazer a própria pesquisa.
O
mês de abril também não começou auspicioso: nos primeiros 12 dias, o número de
mortes suspeitas ou confirmadas saltou dos 655 casos mencionados para 681. Ou
seja: mais 26 óbitos. Caso a tendência se mantenha, o mês será um pouco menos
mortífero que o anterior. Isso faz com que a média móvel de mortes permaneça em
três casos diários. Em março, nos piores momentos, alcançou quatro.
É
bom lembrar que as unidades hospitalares da Feira de Santana para tratamento da
Covid-19 permanecem saturadas. Em março, foram rotineiras as notícias de 100%
de lotação dos leitos de UTI. E o número muito elevado de casos ativos
preocupa, porque podem demandar internação. É o que especialistas estão
alertando o tempo todo. Fala-se menos que o necessário, mas os profissionais de
saúde também estão exaustos. Muitos estão no enfrentamento da pandemia há mais
de um ano.
Autoridades
da Organização Mundial de Saúde, a OMS, recomendam o isolamento social, o uso
de máscara e do álcool em gel, além da testagem e do rastreamento dos casos de
Covid-19. E também, claro, a vacinação em massa da população. Só assim,
advertem, para a pandemia arrefecer nos próximos meses. É exatamente o que o
Brasil não vem fazendo ou vem fazendo pouco.
Não
é um caminho fácil. Mas é o único. O artifício dos negacionistas – negar tudo,
até a própria pandemia – não constitui uma opção.
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