Em
novembro de 1969 a Seleção de Gana desembarcou no Brasil para uma série de
amistosos. A equipe se preparava para a fase final da Copa da África, que
aconteceu em fevereiro do ano seguinte, em Cartum, capital do Sudão.O périplo
dos africanos – conhecidos como Black
Stars, à época – envolveu uma partida contra o Fluminense de Feira.
O
Jornal do Brasil registrou: foi a primeira vez que uma equipe africana jogou em
solo baiano. A notícia foi sintética: “Chegaram ontem ao Aeroporto Dois de
Julho os jogadores da seleção de Gana, que enfrentarão, hoje, o Fluminense de
Feira de Santana, campeão baiano deste ano. É a primeira vez na história de seu
futebol que a Bahia recebe uma equipe africana”.
O
Fluminense ostentava o título de campeão baiano, conquistado pouco antes. O
jogo terminou 0 a 0.O amistoso aconteceu no dia 23 de novembro de 1969, um domingo.
Apesar de buscas intensas, não encontrei maiores referências à partida na
Internet, provavelmente realizada no Joia da Princesa.
Na
excursão, a equipe africana só venceu o Esporte Clube Sergipano, por 3 a 1, em
Aracaju. Antes, tinha perdido para o Desportivo Ferroviário, de Vitória, no
Espírito Santo, por 2 a 1.
A
grande partida dos Black Stars foi
contra o São Paulo. Abriram vantagem de 2 a 0, cederam empate ao longo da
partida e, no fim, foram castigados por um gol de pênalti aos 47 do segundo
tempo. Naqueles tempos, o futebol africano era inexpressivo. Estava longe a
ascensão dos anos 1980 e 1990.
No dia 18 de dezembro saiu
no mesmo Jornal do Brasil nova notícia sobre Gana. Na véspera, os Black Stars desembarcaram em Acra,
capital do País. Lá, os jogadores atribuíram à arbitragem brasileira o fraco
desempenho da sua seleção nos amistosos: foram seis jogos, com quatro derrotas,
um empate – exatamente contra o Touro do Sertão – e apenas uma
vitória. Apesar do desempenho, julgaram rica a experiência nos estádios
brasileiros.
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