Está
passando meio despercebido, mas outubro marca os 50 anos do último título de
campeão baiano do Fluminense de Feira. Poucos que acompanharam – como testemunhas
– aquelas memoráveis jornadas ainda estão vivos. Notícias da época apontam o
Touro do Sertão como protagonista de uma campanha brilhante, sob a inspirada
condução do atacante Freitas, que marcou o gol do título do tricolor feirense.
Vice-campeão no ano anterior, o Fluminense atropelou Bahia e Vitória e se
sagrou vencedor por antecipação.
No
dia 5 de outubro de 1969 houve rodada dupla na Fonte Nova: o Touro encarou o
Vitória e o Bahia, na preliminar, foi pra cima do Flamengo de Ilhéus. Com três
pontos de vantagem sobre o tricolor da capital, bastava ao Fluminense vencer o
Vitória para assegurar a taça.
Como
sempre, a partida foi antecedida por polêmicas. É o que registra o Jornal do
Brasil, do Rio de Janeiro, naquela mesma data: “Durante toda a semana que
passou os torcedores baianos viveram dias de tensão, principalmente porque um
dos dirigentes do Bahia declarou que era intenção do seu clube premiar os
jogadores do Vitória”.
A
promessa não foi bem recebida pela diretoria rubro-negra, segundo a mesma matéria:
“A diretoria do Vitória reagiu prontamente declarando que qualquer jogador que
aceitasse o ‘bicho’ oferecido pelo Bahia seria multado em 60% dos seus
vencimentos”.
Nem
precisou: aos 27 minutos do segundo tempo, Freitas – que, logo na sequência,
foi contratado pelo Botafogo carioca graças às suas exibições na competição –
marcou o gol da vitória tricolor sobre o rubro-negro da capital. O ataque do
time feirense impunha respeito: foram 61 gols em 32 jogos ao longo da
competição.
A torcida do Bahia, que
permaneceu no estádio após a vitória do tricolor sobre o Flamengo de Ilhéus por
1 a 0, na preliminar, foi forçada a testemunhar o segundo título baiano do
Touro do Sertão num intervalo de seis anos. Ironicamente, torcendo pelo
arquirrival Vitória, que não conseguiu, sequer, segurar o empate...
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