Em 2010, Feira de Santana vai ter três times na primeira divisão do futebol baiano. Até então, jamais uma cidade do interior conseguiu feito semelhante. É mais, inclusive, que em Salvador, que permanece na toada monocórdia de Vitória e Bahia como principais forças do futebol estadual. Para o feirense, aparentemente, é mais um motivo para comparecer ao Jóia da Princesa, que deve sofrer uma overdose de futebol com tantos times em campo.
Noutros tempos, a ascensão do Bahia de Feira reacenderia a tradicional rivalidade com o Fluminense. Ambos, somados ao Feirense – que já teve sua fase de Independente e Palmeiras Nordeste –, deveriam atrair plateias excelentes e a rivalidade contribuir para recuperar o combalido futebol baiano.
Afora isso, no entanto, não há nada de novo no futebol baiano. A própria trajetória dos times do estado no Brasileiro já sinaliza, para 2010, a repetição do cenário dos anos anteriores. E o cenário dos anos anteriores – à exceção de 2006, quando o Colo Colo quebrou um longo jejum dos times do interior conquistando o estadual – foi melancólico.
Afinal, o Vitória na Série A perpetua sua sina de “cavalo paraguaio”, largando à frente para terminar a competição na faixa intermediária. O Bahia, no limbo desde que retornou do inferno da Série C, parece que assim continuará na Série B. E as demais equipes – Fluminense de Feira e Atlético de Alagoinhas – apenas fazem número na Série D.
Panorama
De antemão, portanto, pode-se prever que o Vitória prosseguirá como protagonista em 2010, o Bahia fazendo figuração como vice e os times do interior – entre eles os três feirenses – permanecerão comendo poeira, sem estrutura, equipe competitiva ou público nos estádios.
É uma pena. O futebol baiano colocou duas equipes em finais de Brasileiro (da Série A) entre 1988 e 1993 e rivalizava com o Paraná, disputando a condição de quinta força entre os estados. Perdia apenas para São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Nos últimos anos, já foi ultrapassado por Pernambuco, Goiás, Santa Catarina e – ninguém duvide – até o Ceará já faz sombra ao futebol baiano.
Curioso é que essa força se sustentou enquanto o futebol do interior ainda respirava. No Bahia campeão de 1988 e quarto colocado em 1990, muitos titulares saíram de equipes do interior. No Vitória vice das séries B e A, respectivamente em 1992 e 1993, idem.
Perspectivas
Há quem enxergue na benemerência da classe empresarial a solução para os problemas do futebol baiano. Não parece ser o caso: afinal, não falta quem afirme ter dedicado tempo e recursos para os times do interior. Nem por isso os resultados apareceram.
Há, contudo, alternativas. Uma delas é ampliar o quadro de associados, oferecendo atrativos ao torcedor. É no que apostam o São Paulo tricampeão brasileiro, o Internacional e o Grêmio, no Rio Grande do Sul, e até o modesto Avaí, em Santa Catarina. Quem é sócio dessas equipes não paga ingresso para ver os jogos ou paga 50% do valor.Coincidência ou não, são clubes que apresentam bons desempenhos nos últimos anos. Os dirigentes do futebol baiano deveriam tentar enxergar o futuro com os óculos da modernidade, já que parece lhes faltar visão. Se o fizessem, talvez os times se tornassem clubes, criando vínculos com o torcedor e tornando o ex-Baianão empolgante. Lamentavelmente, não é o que se vislumbra no horizonte próximo.
Noutros tempos, a ascensão do Bahia de Feira reacenderia a tradicional rivalidade com o Fluminense. Ambos, somados ao Feirense – que já teve sua fase de Independente e Palmeiras Nordeste –, deveriam atrair plateias excelentes e a rivalidade contribuir para recuperar o combalido futebol baiano.
Afora isso, no entanto, não há nada de novo no futebol baiano. A própria trajetória dos times do estado no Brasileiro já sinaliza, para 2010, a repetição do cenário dos anos anteriores. E o cenário dos anos anteriores – à exceção de 2006, quando o Colo Colo quebrou um longo jejum dos times do interior conquistando o estadual – foi melancólico.
Afinal, o Vitória na Série A perpetua sua sina de “cavalo paraguaio”, largando à frente para terminar a competição na faixa intermediária. O Bahia, no limbo desde que retornou do inferno da Série C, parece que assim continuará na Série B. E as demais equipes – Fluminense de Feira e Atlético de Alagoinhas – apenas fazem número na Série D.
Panorama
De antemão, portanto, pode-se prever que o Vitória prosseguirá como protagonista em 2010, o Bahia fazendo figuração como vice e os times do interior – entre eles os três feirenses – permanecerão comendo poeira, sem estrutura, equipe competitiva ou público nos estádios.
É uma pena. O futebol baiano colocou duas equipes em finais de Brasileiro (da Série A) entre 1988 e 1993 e rivalizava com o Paraná, disputando a condição de quinta força entre os estados. Perdia apenas para São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Nos últimos anos, já foi ultrapassado por Pernambuco, Goiás, Santa Catarina e – ninguém duvide – até o Ceará já faz sombra ao futebol baiano.
Curioso é que essa força se sustentou enquanto o futebol do interior ainda respirava. No Bahia campeão de 1988 e quarto colocado em 1990, muitos titulares saíram de equipes do interior. No Vitória vice das séries B e A, respectivamente em 1992 e 1993, idem.
Perspectivas
Há quem enxergue na benemerência da classe empresarial a solução para os problemas do futebol baiano. Não parece ser o caso: afinal, não falta quem afirme ter dedicado tempo e recursos para os times do interior. Nem por isso os resultados apareceram.
Há, contudo, alternativas. Uma delas é ampliar o quadro de associados, oferecendo atrativos ao torcedor. É no que apostam o São Paulo tricampeão brasileiro, o Internacional e o Grêmio, no Rio Grande do Sul, e até o modesto Avaí, em Santa Catarina. Quem é sócio dessas equipes não paga ingresso para ver os jogos ou paga 50% do valor.Coincidência ou não, são clubes que apresentam bons desempenhos nos últimos anos. Os dirigentes do futebol baiano deveriam tentar enxergar o futuro com os óculos da modernidade, já que parece lhes faltar visão. Se o fizessem, talvez os times se tornassem clubes, criando vínculos com o torcedor e tornando o ex-Baianão empolgante. Lamentavelmente, não é o que se vislumbra no horizonte próximo.
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