Apesar
das terríveis notícias deste Brasil pandêmico e desgovernado, pelo menos hoje (31)
há uma boa notícia: a Universidade Estadual de Feira de Santana, a Uefs, está
comemorando 45 anos. A instituição, uma das mais importantes do Nordeste, na
sua já extensa trajetória foi responsável pela formação de milhares de
profissionais que hoje contribuem com seu trabalho para o desenvolvimento não
só da Feira de Santana, mas também da Bahia e do Brasil.
Lembro
que, em maio de 1996, fui escalado no extinto Jornal Feira Hoje para produzir
um caderno comemorativo dos 20 anos da Uefs. Naquela época ainda não era aluno
da instituição – fui aprovado no vestibular de julho do mesmo ano – e acabei
encantado com a profusão de atividades que a Uefs desenvolvia não apenas no
ensino, mas também na pesquisa e na extensão.
A
vivência na produção da publicação foi válida quando enfim me tornei estudante.
Aprendi a sua importância, sua grandeza. Depois vieram as inúmeras experiências
que não se limitaram à sala de aula. Militando no movimento estudantil, viajei,
conheci muita gente e fiz sólidas amizades que sobrevivem até hoje. Nas salas
de aula, cultivei o apreço pelo conhecimento, tive alguns excelentes
professores aos quais devo parte da minha formação acadêmica.
Ao
lado das redações dos jornais pelos quais passei, posso afirmar que foi a Uefs
que me deu régua e compasso. Foi uma escola de vida, que é muito mais ampla que
essas que se esgotam nas salas de aula, num burocrático processo de
ensino-aprendizagem.
Na
Biblioteca Central Julieta Carteado saciei muito da minha sede de conhecimento
em tardes e começos de noite inesquecíveis. Todos os dias em que comparecia à
Uefs, ia à biblioteca. Todos. Caso montassem uma arapuca para me pegar lá na
frente, me pegavam. Posso afirmar que naquela biblioteca vivi alguns dos
grandes momentos de minha vida. E lá se aprofundou a paixão pelas bibliotecas,
pelas livrarias, pelos sebos, que desde então me acompanha.
Sigo
mantendo laços com a Uefs: hoje atuo na instituição, resgatando os laços dos
tempos de estudante, mas agora sob uma outra perspectiva. Em ambas, o mesmo
apreço pela universidade que é motivo de orgulho para todos os feirenses. E – porque
não dizer – também para a Bahia.
Enfim,
em meio ao turbilhão de horrores que o Brasil atravessa, hoje enxerguei uma
razão para comemorar: 45 anos da Uefs! Parabéns aos professores, servidores e
estudantes que constroem essa grandiosa instituição a cada dia!
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