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Mostrando postagens de novembro, 2010

Centro de Abastecimento precisa de investimentos em pessoas

Nos últimos dias venho acompanhando com atenção o noticiário sobre prováveis intervenções da prefeitura no Centro de Abastecimento (CAF). A notícia mais alvissareira é que o prefeito Tarcízio Pimenta pretende apresentar um projeto em Brasília com o objetivo de captar R$ 10 milhões em recursos para investir na reforma do entreposto. Outra boa notícia é que, finalmente, surgem autoridades no município reconhecendo que o espaço apresenta inúmeros problemas que precisam ser resolvidos. Lixo acumulado, esgoto correndo a céu aberto, equipamentos depredados, além da insegurança para comerciantes e consumidores são alguns dos problemas constatáveis numa rápida visita ao local. Note-se, todavia, que esse cenário não é produto de uma degradação recente, mas se acumula há muitos anos. Sem exagero, pode-se afirmar que praticamente desde a inauguração do CAF. Afinal, nunca houve nenhuma intervenção significativa desde então. É dispensável a observação de que o espaço também está saturado e exige

Bahia se redime depois de sete anos

  Salvador amanheceu diferente no sábado passado, dia 13 de novembro de 2010. A diferença não estava nos imensos flocos de nuvens brancas que cobriam a cidade e escondiam o céu azul típico das primaveras com cor de verão, como ocorre todos os anos na Bahia. A diferença também não estava no trânsito que fluía calmo no final de semana prolongado, nem na tranqüilidade anormal nas calçadas da Baixa dos Sapateiros, nem no Pelourinho sem turistas no início da manhã ou na praça Castro Alves sem a agitação habitual. Parece paradoxal, mas a primeira capital do Brasil, mais vazia, amanheceu inexplicavelmente ansiosa. O clima mostrava a expectativa pelo fim do dia, apesar do céu e apesar do mar. Ainda nas primeiras horas da manhã a ansiedade era extravasada com a repetição infindável do hino oficial do Esporte Clube Bahia, interpretado pelas mais diversas vozes das mais imprevisíveis maneiras. Pelas ruas legiões moviam-se ostentando, orgulhosas, o azul, o vermelho e o branco. Na avenida Sete

BR 324 e Anel de Contorno: os problemas continuam

Muito papel e muita saliva já foram gastos para exaltar o momento econômico vivido pelo Brasil, cujos níveis de crescimento não se verificavam desde a década de 1970. Na sucessão presidencial, por exemplo, a situação ressaltava as realizações recentes e a oposição calava-se, buscando concentrar a discussão em temas secundários, subjetivos ou irrelevantes, já que o bom momento vivido pela economia do país é incontestável. Aqui ou ali a questão da infra-estrutura – indispensável para sustentar as atuais taxas de expansão – foi tocada, mas muito tangencialmente. A novidade em 2010 ficou por conta da promessa de Zé Serra de construir um metrô na Feira de Santana. Isso figurou nos primeiros dias da campanha, sendo posteriormente retirado das inserções televisivas, o que ajudou a colar nele o rótulo de “Zé Promessa”. Também se falou muito no aeroporto que, finalmente, parece que está sofrendo algumas intervenções. Os três principais candidatos ao governo da Bahia, a propósito, prometeram

Terminais improvisados exigem reparos

Há pouco mais de dois anos, quando a campanha eleitoral para prefeito estava em andamento, comentou-se neste espaço sobre a necessidade de solucionar o problema dos múltiplos locais de embarque de passageiros para os distritos feirenses e para municípios da região. Dois anos depois a questão sequer é mencionada e os aborrecimentos se avolumam, já que há um fluxo crescente de passageiros e mercadorias. O problema é mais visível exatamente onde o trânsito de pedestres e veículos é maior: na avenida Senhor dos Passos – onde até ônibus interurbano desembarca passageiro em ponto de ônibus urbano – e em vias paralelas à avenida, como a rua Visconde do Rio Branco e até lá nas imediações do Feiraguai. Tradicional e problemática, no entanto, é a saída Feira-Serrinha, que existe há décadas e nunca sofreu qualquer tipo de intervenção. Parcela significativa do transporte é feita por veículos informais e por micro-ônibus e vans legalizados. Muitos são vinculados a cooperativas com emblemas