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Mostrando postagens de março, 2010

A boa campanha dos times feirenses

É extremamente positiva a campanha dos três times feirenses no Campeonato Baiano de 2010. O simples fato de que todos conseguiram se classificar para a segunda fase da competição e que dois deles – o Bahia de Feira e o Fluminense – têm chances reais de passar às semifinais do campeonato representa uma inédita demonstração de força. Afinal, não há registro de que dois times da cidade tenham conseguido chegar entre os quatro primeiros colocados no “Baianão”. Caso confirmem classificação para as semifinais, no entanto, os times feirenses tendem a ser derrotados pelos adversários soteropolitanos. Mesmo com times medíocres, Bahia e Vitória são sem dúvida os favoritos para disputar o título, pela enésima vez desde que ambos se firmaram no cenário do futebol estadual. Isso não significa que as campanhas de Fluminense e do Bahia de Feira, principalmente, devam ser desprezadas. Particularmente em relação a esse último que conseguiu impor uma histórica derrota ao homônimo da capital por 5 a 3

O debate eleitoral mais apropriado

Embora ainda seja março, políticos desempregados e representantes de outras categorias menos cotadas já colocaram a campanha eleitoral na rua, aporrinhando o eleitor que tem ocupações mais nobres (trabalhar, estudar, cuidar da família, etc) com discursos vazios produzidos sob encomenda por agências de publicidade. Satanizam-se adversários, mensoprezam-se realizações dos concorrentes, reforça-se o discurso da “acessibilidade” dos candidatos e do “diálogo” com o povo porque, julgam alguns, essas práticas estão em moda e aderir a “modismos” sempre ajuda em períodos eleitorais. Um vício antigo que permanece é o da promessa vazia. Começou em 1986, nas primeiras eleições do pós-ditadura militar e permanece até hoje. Saúde, educação e segurança pública são garantidas nos palanques a cada dois anos, mas infelizmente, ainda estão distantes de se constituir realidade, pelo menos com a qualidade necessária. Tanto que todo político tem plano de saúde privado, matricula os filhos em escolas part

Vantagens de um governador feirense

As obras mais importantes da história recente de Feira de Santana foram tocadas pelo governador João Durval Carneiro e pelo prefeito José Falcão da Silva, no quadriênio em que estiveram juntos no poder, entre 1983 e 1987. Curiosamente, o município foi favorecido num período histórico em que o Brasil enfrentava severas turbulências: crise da dívida externa – com a decretação de uma moratória em 1987 -, recessão econômica, desmantelamento da Ditadura Militar que finalmente ruía e os desarranjos na administração pública decorrentes desses problemas. Uma das obras mais importantes foi o canal de macro-drenagem que, hoje, todos conhecem como Avenida Canal. Antes, ali era um riacho barrento para onde escorria o esgoto dos bairros limítrofes e que acolhia, nos períodos chuvosos, as águas da trovoadas e das chuvas de inverno. Era um lodaçal que prejudicava, particularmente, os moradores das imediações, como o bairro Rua Nova. Outra obra relevante foi a implantação de rede de esgoto pela cid

A retomada sutil das feiras-livres (II)

Semana passada abordamos um fenômeno curioso que vem ocorrendo na Feira de Santana nos últimos anos: o retorno de camelôs e feirantes às ruas do centro comercial, mesmo com a resistência de muitos comerciantes e com a existência de um Centro de Abastecimento (CAF) que, em tese, deveria absorver esses vendedores. Há em curso, portanto, um processo de “retorno” da antiga feira-livre ao centro da cidade, depois da remoção, três décadas atrás, para o CAF. Esse processo, a propósito, não tem nada de novo e remonta a apenas alguns anos após a realização da transferência. Conforme apontado, o retorno não se deu sem conflitos: os protestos de lojistas são constantes, eventualmente a prefeitura reordena os espaços e solta o “rapa” para reprimir e apreender mercadorias dos ambulantes, mas os problemas sociais enfrentados pelo país acabam empurrando muitos, sem alternativa, para a atividade. Até o início da segunda metade do século XX a feira-livre era o principal motor da economia feirense: d