Às vezes dá vontade de ignorar inteiramente os temas políticos. Adotar uma deliberada atitude de alienação. Mas é difícil. Não apenas pelo hábito, consolidado desde a adolescência, de acompanhar o noticiário político, mas sobretudo por conta dos horrores recentes, que se sucedem, intermináveis. O último deles – o assassinato do dirigente petista Marcelo Arruda durante a própria festa de aniversário, no interior do Paraná, por um fanático bolsonarista – mostra, novamente, que o Brasil flerta com uma guerra civil no curto prazo. Não é de hoje que se nota, por aí, lunáticos de extrema-direita dispostos a tudo. Inclusive a promover um banho de sangue, em nome sabe Deus do quê. Não, talvez o diabo é que saiba, embora a maioria dos fanáticos alardeie que é cristã, conservadora, movida pela fé. Exatamente como o assassino que entrou em ação no Paraná, começando a escalada de violência que marcará as eleições presidenciais. Pesquisas indicam que muitos jovens gostariam de ir embora do Bra