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Mostrando postagens de abril, 2010

O “discurso democrático” e a prática democrática

  Embora o retorno do Brasil à normalidade democrática esteja completando um quarto de século neste mês de abril (são, portanto, 25 anos) parece que muitos ainda não se habituaram ao sentido da palavra e, sobretudo, ao exercício de torná-la corriqueira. A reunião do Conselho Municipal de Transportes (CMT), às vésperas da Micareta, atropelando qualquer possibilidade de discussão com a sociedade e visando atender com presteza o sindicato patronal das empresas de ônibus é uma demonstração de que ainda se precisa avançar muito para consolidar práticas democráticas no Brasil. Marcar uma reunião às vésperas de uma festa com feriado prolongado, com o claro objetivo de atenuar a repercussão negativa junto à população é de uma baixeza e de uma covardia difíceis de descrever. Mas piores, muito piores, foram as notas da prefeitura defendendo intrepidamente os interesses dos barões do transporte na Feira de Santana. Ocupando a condição de vanguarda do atraso em relação a muita coisa, a Bahia c

Prefeitura inaugura nova “tradição” na Micareta

Simplesmente impressionantes as cenas da novela que marcam o reajuste da passagem em 2010 em Feira de Santana. Em janeiro, quando as tarifas subiram em Salvador e no transporte intermunicipal, indagamos se a oportunidade seria imediatamente aproveitada na cidade ou se iam aguardar as vésperas da Micareta, como aconteceu ano passado. Pois bem, o Conselho Municipal de Transportes (CMT) resolveu criar uma nova “tradição” na folia momesca feirense, marcando uma única reunião anual para, basicamente, discutir um único item: o percentual do reajuste. Justamente na quarta-feira que antecede a Micareta. Provavelmente escaldados com a experiência do ano anterior, representantes de entidades estudantis e movimentos sociais mantiveram-se alerta e mobilizaram-se quando a reunião foi marcada. Recebi, inclusive, uma nota por e-mail, na terça-feira e até achei o tom exagerado. Ledo engano: exagerado mesmo tem sido o esforço da prefeitura em justificar o reajuste, assumindo a defesa do poderoso