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Mostrando postagens de janeiro, 2015

Perspectivas para o Transporte Público em 2015

O ano de 2015 em Feira de Santana começa com tensa expectativa em relação ao sistema de transporte público.   Razões não faltam: além da arrastada novela que envolve a implantação do chamado BRT – sigla em inglês para Bus Rapid Transit – a crise ganhou contornos ainda mais dramáticos com a justa greve decretada, às vésperas de Natal, pelos rodoviários feirenses, insatisfeitos com o atraso no pagamento do salário mensal e do décimo terceiro salário, além do recolhimento do FGTS. Naqueles dois dias de movimento frenético no comércio feirense, o trânsito se tornou ainda mais caótico que o habitual. Incontáveis engarrafamentos sucederam-se não apenas nas vias tradicionalmente de maior circulação, mas também nas cercanias do centro da cidade. O frenesi não estava relacionado apenas às compras natalinas, mas também à ansiedade de encontrar alternativas de voltar pra casa.                 A multiplicidade de automóveis particulares, motocicletas, vans do sistema complementar, ve

O ciclo de investimentos em infraestrutura viária

                Apesar das crescentes dificuldades enfrentadas em relação à mobilidade urbana, fruto da significativa elevação da frota ao longo dos últimos anos, a Feira de Santana tem alguns motivos para comemorar. Afinal, intervenções importantes em infraestrutura viária já foram inauguradas ou estão em curso, ajudando a atenuar os crônicos problemas   que, cada vez mais, fazem com que o feirense perca preciosos minutos, todos os dias, no trânsito infernal da cidade.                 Um passo importante foi a inauguração da avenida Nóide Cerqueira, cujos oito quilômetros conectam a BR 324 diretamente à avenida Getúlio Vargas. A via ajuda sobretudo quem pretende entrar na cidade ou seguir pela avenida Contorno até a BR 116 Norte, por exemplo. O problema é que, naquele trecho da Contorno, os engarrafamentos prosseguem.                 Outra intervenção fundamental é a duplicação do trecho Sul do Anel de Contorno, que ainda está em andamento. Essa obra favorece sobretudo qu

É Verão na Bahia !!!

O espetáculo começa depois das 16 horas, quando o sol, ainda no alto, vai declinando lentamente. É quando as cores do céu vão se transformando: ali por onde o astro dourado mergulha, ao sul da Ilha de Itaparica, a amplidão ganha uma coloração avermelhada que, aos poucos, se esbraseia, assumindo uma tonalidade de cobre fervente. No lado oposto, sobre os sons urbanos da Cidade Alta, os raios solares que minguam tornam o céu azul esverdeado, alegre, festivo como as férias que se anunciam.          M as essa beleza fugidia apenas secunda o verdadeiro espetáculo que, a essas alturas, se aprofunda no poente: o sol, incandescente globo de cobre, lança uma trilha luminosa, fugaz, sobre as águas indóceis da Baía de Todos os Santos, emprestando tons avermelhados aos banhistas renitentes e aos mergulhadores do Forte de Santo Antônio.             Lá no Farol da Barra aglomeram-se dezenas de expectadores, baianos e turistas, eletrizados com o espetáculo ímpar que, graciosamente, se ren

A polêmica implantação do BRT

                     Uma polêmica intensa cerca a implantação do chamado BRT – Bus Rapid Transit em Feira de Santana. Ideia originalmente apresentada pelo ex-prefeito Tarcizio Pimenta, nas eleições municipais de 2012, quando tentava e reeleição, a proposta tornou-se o principal projeto do prefeito eleito José Ronaldo de Carvalho (DEM) na área de transporte coletivo, a partir de janeiro de 2013. Até a presidente Dilma Rousseff (PT), em discurso realizado em outubro, anunciou que pretende visitar a cidade para inaugurar a obra, cujo financiamento será da Caixa Econômica Federal.                 A primeira polêmica decorreu do anúncio oficial de que as árvores que tornam menos ardente o centro da cidade, na avenida Getúlio Vargas, não seriam cortadas. Posteriormente, quando o projeto elaborado por uma empresa privada foi concluído, a prefeitura se desdisse, anunciando o corte de 136 árvores. Com o recuo, a polêmica, que já estava nas ruas e nas redes sociais, encorpou.        

A peleja por espaço nas calçadas feirenses

                    Espaço sempre foi artigo raro nas ruas comerciais da Feira de Santana. Há períodos do ano, todavia, que tornam o problema maior: é o caso do final de ano, com a   chegada do Natal, a proximidade do Ano-Novo e, com eles, todos os apelos consumistas típicos dessas festividades. É a época em que ruas, praças e avenidas regurgitam, com milhares de transeuntes acotovelando-se numa incessante busca pelos espaços ínfimos das calçadas, duelando sob o calor insano de dezembro.                 É costume da época estender o funcionamento do comércio para além dos horários tradicionais: assim, nos dias que antecedem a ceia natalina, consumidores e comerciários avançam noite adentro no incessante lufa-lufa da compra e da venda. Mesmo assim, a caudalosa torrente diurna não cede.                 Em dezembro, nas cálidas manhãs de domingo, e até o meio da tarde, também há lojas abertas. Nessas ocasiões o fluxo é menos intenso: como cessa o transporte tradicional nas cida