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Mostrando postagens de novembro, 2013

A importância do Plano Diretor para o comércio informal

                 O impasse que envolve a relocação dos camelôs, ambulantes e feirantes no centro da Feira de Santana voltou ao noticiário na semana passada. Isso por conta da louvável audiência promovida pela Câmara Municipal para discutir a questão. Pelo que o noticiário sobre o evento deixou transparecer, há inúmeros consensos envolvendo o tema. É a partir desses consensos – em que pesem as inúmeras controvérsias envolvidas - que vai se chegar a soluções mais duradouras, como todos anseiam.          O primeiro consenso é lógico: como está, a situação não pode permanecer. A expansão desordenada do comércio informal sufoca as principais artérias do centro comercial, prejudicando todos: os comerciantes formais e suas lojas; os consumidores expostos às aglomerações e à insegurança; e os próprios camelôs e ambulantes, que trabalham sob condições absolutamente precárias.                 Deriva desse consenso um raciocínio igualmente óbvio: as vias comerciais devem ser desobstruí

As tendências migratórias recentes

Tradicionalmente a Feira de Santana sempre exerceu uma forte atração sobre os migrantes. Isso desde o tempo em que, no início do século XIX, começava a prosperar a feira-livre que desenvolveu o arraial que, lá adiante, tornou-se uma vistosa cidade comercial, já em meados do século XX. No começo era pouco mais que um ponto de apoio: aqui aportavam viajantes dos sertões longínquos, tocando boiadas cujo destino eram os abatedouros que abasteciam Salvador e o Recôncavo próximo. Estradas diversas foram sendo rasgadas pelo interior, conduzindo às proximidades da Igreja Matriz. O movimento, que se estendeu por décadas, viabilizou transações comerciais, enriqueceu comerciantes, abasteceu importantes entrepostos baianos e plantou as sementes da cidade próspera e acolhedora que ia desabrochar a partir dos anos 1960. Na segunda metade do século XX a Feira de Santana tornou-se tipicamente urbana. Incontáveis levas de migrantes encontraram abrigo na cidade que se desenvolvia e se indus

A derrocada do Bahia sob a ótica dos Ba x Vi

                  Já faz muito tempo: no longínquo 11 de agosto de 1993, Bahia e Vitória pisaram o gramado da Fonte Nova para se enfrentar pelo efêmero torneio Bahia-Pernambuco. Ao final dos 90 minutos o placar anotava 3x0 para o Vitória, gols de Claudinho, duas vezes, e Pichetti. Ironicamente, mais tarde o Bahia sagrou-se campeão do torneio que não voltou a se repetir, vencendo os pernambucanos Santa Cruz e Sport no Recife. Aquela partida esquecida inaugurou uma incômoda rotina para o Bahia: ser goleado nos clássicos.                 Meses depois, o sufoco se repetiu em dose dupla: logo a 27 de fevereiro de 1994, em novo clássico na Fonte Nova, o Vitória enfiou um 4x0, com gols de Dão, Pichetti (duas vezes) e do ex-tricolor Ramon Menezes. Não demorou muito para novo encontro e nova goleada por 4x0: em 10 de abril, Alex Alves (2), Ramon Menezes e Vampeta construíram o placar de nova goleada e nova humilhação.                 Naquele ano, o Bahia ainda era o Bahia: numa seque